Faltam 51 mil moradias no Distrito Federal
Um estudo feito pelo Sindicato da Industria da Construção Civil de São Paulo ( Sinduscon) aponta que seria preciso construir mais 51.278 moradias para acabar com o déficit no Distrito Federal. Atualmente, 6,4% das famílias vivem em condições precárias ou dividem o domicilio por razões econômicas. Os números de Brasília refletem uma estatística menos preocupante do que a média nacional, que aponta carência de 9,4%, o que representa uma demanda de mais de 5,6 milhões de residências. Mesmo abaixo da média nacional, o DF ainda tem uma defasagem superior a oito estados brasileiros: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Amapá. “Nosso índice pode ser considerado alto porque nosso território é pequeno. O estado de São Paulo tem um déficit de mais de um milhão de moradias, mas a área é infinitivamente maior”, compara Élson Póvoa, presidente do Sindicato da Construção Civil do DF. Ele destaca que, como nas demais regiões do Brasil, a dificuldade de ter acesso a uma casa digna afeta mais intensamente as classes com menor poder aquisitivo. “Aqui, não há política de baixa renda. Se uma área é invadida, só há soluções pontuais para remover as pessoas do local”, afirma. Póvoa explica que outra particularidade do Distrito federal é o fato de a maioria dos terrenos serem do governo. Sempre que há oferta de áreas a disputa é intensa, os preços são altos e, consequentemente, a parcela mais carente da comunidade acaba excluída.
Reportagem da revista Vida Imobiliária, Edição Brasil Ano 2 N° 17.